quarta-feira, 3 de novembro de 2010

COMO ESQUECER



Baseado na obra de Myriam Campello “Como Esquecer – Anotações quase inglesas” o filme apresenta as relações com as perdas, com a dificuldade de continuar seguindo sozinho e ter que se adaptar a novas realidades. Fala desse trajeto longo e doloroso do desapego com trechos do clássico "Morro dos ventos Uivantes" de Emily Bronte.

A dor, muitas vezes, necessita arder ao corpo para ser traduzida e entendida.



"Como Esquecer fala sobre conflitos e sentimentos que são comuns à maioria das pessoas.
Assim, as situações e emoções vivenciadas na trama são passíveis de pertencer à trajetória de
qualquer um de nós, tornando a história envolvente, divertida e emocionante.
Duas mulheres vivem uma relação amorosa intensa e duradoura, mas quando a relação se
desfaz, todo um deserto de lembranças e sofrimentos nos é revelado. Em meio a uma série de
conflitos internos e diante da necessária readaptação para uma nova vida, Júlia, a protagonista,
não disfarça sua dor enquanto narra suas emoções. Ao longo do filme, ela vai encontrando e se
relacionando com outras pessoas que também estão vivendo, cada uma a seu modo, a
experiência de ter perdido algo muito importante em suas vidas. Todas elas compartilham a
experiência da dor, da solidão assim como o desejo por dias melhores.
Tratando de temas universais e tão comuns à vida contemporânea como o amor, a perda, a
solidão, a amizade e o sexo, a história de “Como Esquecer” ganha de imediato a identificação e a
cumplicidade do espectador. Independente de sua opção sexual. Assim, as situações presentes
na trama podem estar acontecendo, ter acontecido ou ainda acontecer na trajetória de cada um
de nós."

press book

"[...] Mas o que não associo eu a ela? O que não a traz à minha memória? Se olho para estas lajes, vejo nelas gravadas as suas feições! Em cada nuvem, em cada árvore, na escuridão da noite, refletida de dia em cada objeto, por toda parte eu vejo a sua imagem! Nos rostos mais vulgares de homens e de mulheres, até as minhas feições me enganam com a semelhança. O mundo inteiro é uma terrível coleção de testemunhos de que um dia ela realmente existiu e a perdi para sempre!" [Heathcliff - Capítulo XXXIII]

"[...] Ontem à noite, estive no limiar do inferno. Hoje, tenho o meu céu à vista, ao alcance dos olhos; nem uma jarda nos separa! E agora é melhor ires embora... Se não fores intrometida, não verás nem ouvirás nada vá te assustar." [Heathcliff - Capítulo XXXIV]

"[...] Sou feliz até demais e, no entanto, não sou o suficiente. A felicidade que me salva a alma mata-me o corpo, mas não satistaz a si própria." [Heathcliff - Capítulo XXXIV]

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