quinta-feira, 24 de abril de 2008

Biscoito de vento da sorte...


“Qualquer caminho é só um caminho, e não há ofensa nem a nós mesmos, nem aos demais, em deixá-lo, se é isso o que seu coração lhe diz. Olhe cada caminho de perto e olhe com a consciência. Tente-o tantas vezes quantas julgar necessário. Então, formule-se a si mesmo, e somente a si mesmo, uma pergunta... esse caminho tem um coração? Se tem, o caminho é bom; se não tem, não serve.”

Carlos Castañeda

Ps.: Fotos dos pezitos da Dai, hihihihi en la festa Latina...

FESTIVAL ALTERNATIVO

Montage, Motocontínuo, Móveis Coloniais de Acajú e Hurtmold num só Festival e gratúito. Não consigo entender como um show dessa envergadura não tem lotação máxima e é apreciado por poucas pessoas. Todas as bandas deram um espetáculo no palco e fora dele, no caso do maracatú animal que rolou no meio da galera. Saí de lá super satisfeita porque a atração esperada não foi a única que superou as expectativas... O Montage é o que eu esperava ver no palco, foi DUCA, mega performático. Agora como quase tudo na vida tem um mas... deixo aqui um registro da única intempérie da noite: cheguei na usp de mochila nas costas às 19h50, já que a informação era praça do relógio, 19h com entrada para não estudantes até as 20h, mas... O evento foi no velódromo, com entrada irrestrita e começou lá pelas 21h/21h30. Na entrada apreenderam um frasco de perfume e uma acetona da minha bolsa com a garantia de tê-los de volta ao final do show... pois bem, depois de me deliciar com os espetáculos, tomar umas 8 cervejas geladas à R$1,50, volto na recepção e a equipe de seguranças, homens e mulheres, haviam desaparecido exatamente com o meu frasco que estava entre outras coisas apreendidas, inclusive, entre outro vidro de perfume... fizeram de tudo para que eu fosse embora com o prejuízo ou resolver depois, mas consegui sair de lá com o valor do perfume em dinheiro depois de ajudà-los a revistar tudo e me transformar numa péssima propaganda ao serviço...


Uma semana depois...

Para minha sorte, ainda não tinha tido tempo de comprar outro perfume e meu pai chegou em casa com um perfume feminino comprado por engano que me foi presenteado, muito melhor que o meu, diga-se de passagem. Enfim, tudo resolvido.


Myspace da galera para um confere:

Montage
Motocontínuo
Móveis Coloniais de Acajú
Hurtmold

quarta-feira, 2 de abril de 2008

MÚSICA :: ERA ILUMINADA

Era Iluminada Black Music
Sesc Pompéia
30/03/08




A Era Iluminada voltou com outro gênero, agora a Black Music com direção do trombonista BOCCATO. A apresentação no palco do Teatro Sesc Pompéia contou com a presença de Wilson Simoninha, Nina Becker, Cláudio Zoli, Negra Li e Tony Tornado. Interpretaram grandes clássicos da música afro-brasileira, entre elas Tim Maia, claro. Nina cantou com participação especial de Folhinha (personagem Hilário da cena paulistana que dava canja na Benedito Calixto, com aspecto desarrumado e um puta som feito com folhas verdes.... rs. ), também aconteceram performances e Negra Li, com sua simpatia e sua voz fez todo mundo levantar, dançar e cantar. Tudo terminou num grande baile com os músicos juntos no palco. Um espetáculo!!!!

terça-feira, 1 de abril de 2008

LIVRO :: MUITO LONGE DE CASA

Muito Longe de Casa
Memórias de Um Menino Soldado


Ishmael Beah, 26 anos, veio à V FLIP comentar seu livro sobre a guerra civil de Serra Leoa e crianças usadas pelo exército como soldados. Uma história verídica que devastou sua infância e sobre a recuperação.


(...) Era a guerra outra vez. É possível que os estrangeiros tenham sido suficientemente ingênuos a ponto de pensar que, nos tirando da guerra, nos livrariam do ódio que sentíamos pelos rebeldes do RUF. Não havia passado pela cabeça deles que uma mudança de ambiente não poderia imediatamente nos transformar em garotos normais. éramos perigosos, e tínhamos recebido uma lavagem cerebral que nos havia tornado assassinos. Eles estavam só começando seu projeto de reabilitação, então aquela foi a primeira lição que aprenderam sobre o processo (...) pág 129

(...) – Sou de Serra Leoa, e o problema que afeta a nós, crianças, é que a guerra nos força a fugir de nossas casas, a perder nossas famílias e a vagar sem rumo pelas florestas. O resultado disso é que acabamos envolvidos no conflito como soldados, transportando cargas e fazendo muitas outras tarefas difíceis. Tudo por causa da fome, da perda das nossas famílias e da necessidade de nos sentirmos seguros e parte de alguma coisa, quando tudo mais está destruído. Entrei para o exército, na verdade, por causa do assassinato da minha família. Eu também tinha que conseguir comida para sobreviver, e o único jeito era fazer parte de um pelotão. Não era fácil ser soldado, mas tínhamos que fazer aquilo. Estou reabilitado agora, então não tenham medo de mim. Não sou mais um soldado; sou uma criança. Somos todos irmãos e irmãs. O que eu aprendi com minhas experiências é que a vingança não é boa. Entrei para o exército para vingar as mortes da minha família e para sobreviver, mas aprendi que, se vou me vingar, durante o processo vou matar outra pessoa que tem uma família, que também vai querer se vingar; e se vingar, se vingar, até que a vingança nunca chegue ao fim... (...) página 193

Lá tem mais, AMIGOS DO LIVRO.
























Foto retirada desse site.
" In certain areas of Africa, young boys are referred to as Kalash, a shortened version of Kalashnikova "

Ishmael e seus amiguinhos eram apaixonados por hip hop e o livro tem algumas referências:
"Sugarhill Gang, Rapper´s Delight"
"I Know You Got Soul" Eric B. & Rakim
Naughty by Nature
LL Cool J
Run-D.M.C.
Heavy D & The Boys