sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

BIKE NO METRÔ SP


Veja a notícia no site do Sampaist

http://www.sampaist.com/archives/2007/02/22/bicicletas_no_metro_de_sao_paulo.php


A iniciativa foi boa, mas com toda essa burocracia desanima qualquer um. Me sinto quase num engarrafamento sem saída na marginal. Imagine, chegando ao metrô, caçar a fulana responsável pela autorização que provavelmente vai estar tomando seu café em algum canto, então, depois de tudo pronto para embarcar, olhar no relógio antes e durante o pseudo passeio pq tem hora pra voltar... kkkkkkkk. Me poupe e me economize! Enquanto tudo não estiver bem organizado (o que eu duvido já que nem lixo existe nas estações porque foram retirados sem previsão de volta devido às ameaças de bomba e os funcionários estão auxiliando os passageiros a deixarem seus dejetos no cantinho, hauahuahuahaua), muito mais prático encher o cantil de água gelada, passar a mão no mp3 player e sair pedalando sem lenço nem documento. Isso é qualidade de vida, esse é o espírito livre.

Links pra marinheiros de prima e seg 2

Comprar equipamento para camping parece ser uma coisa fácil, mas vive-se uma maratona pesada para escolher barraca, colchão e lanterna. A quantidade de lojas reais, virtuais e a imensidão de marcas e produtos diferentes é de enlouquecer.

Dentre tantas opções, escolhi uma barraca da Trilhas e rumos para duas pessoas com bagagem (Ref. 4220 - Super Esquilo 2/3 Pessoas), cor laranja para melhor identificação à distância, dentro da mata, montanha, camping e vista aérea.
Colchão Nautika Zenite Casal (inflador acoplado)
Lanterna de cabeça Nautika (mantém as mãos livres e com led para não gastar pilha)

Acampei no carnaval em Ferrugem / SC, peguei muita ch
uva e os equipamentos escolhidos não deixaram a desejar.

Primeiro Passo: Identificar suas necessidades.
Questões básicas:
Vai viajar sozinho ou acompanhado?
Mata, montanha, praia?
Calor ou frio?
Feito isso, já podemos descartar muitos modelos.
Temos que levar em conta alguns fatores:
Peso e Tamanho: Qto menos peso, melhor.

As varetas de alumínio são mais resistentes, leves e muito mais caras, mas varetas de fibra de vidro cobrem bem a necessidade. Levemos em conta também: Estabilidade, resistência a vento, chuva, permeabilidade e coluna d´água.


Fica aí links de grande valia:

http://www.acamp.com.br/acamp/main.cfm
Guia do Campista

http://www.trilhaseaventuras.com.br/
Dicas de escolha de barracas e chek list básico

http://www.mochileiros.com/
Fóruns

http://www.macamp.com.br/guia.htm
Guia de Camping

http://www4.climatempo.com.br/ct/index.php
Tempo (não falhou infelizmente, deu CHUVA NA CABEÇA)

Lojas

http://www.arcoeflecha.com.br/ (Lapa)

http://www.penatrilha.com.br/ (Paraíso)

http://www.oelefanteesportivo.com.br/ (Centro)

http://www.aventurabr.com.br/ (Vila Mariana)

http://www.sugoibigfish.com.br/ (Saúde / Centro)

http://www.decathlon.com.br/new/home/default.aspx (Morumbi)

http://artbrazil.locaweb.com.br/paginas/adventure/home.php
(loja online, já comprei porta-latas da colleman e deu tudo certo, prazo etc)

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007




















ÚLTIMA CHAMADA!!!

Acabou o prazo para lista de resoluções 2007!!!!
Sabe aquela famosa lista que todo mundo se não faz,
pensa em fazer?

Ecoa em todos os ouvidos e alucina brilhando forte como
uma estrela fluorescente ou como um zepelin piscando

“O BRASIL SÓ FUNCIONA DEPOIS DO CARNAVAL!!!!!

Isso, aí.
E drummond pergunta:
José, e agora?

Quarta-feira de cinzas mais que o Ano novo, representa o fim
“a festa acabou” e o início do ano brasileiro.
Agora sim, vou ter que rebolar.

Mas “se é samba que eles querem eu tenho”.

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2007



"Timoneiro nunca fui,

Que eu não sou de velejar.

O leme da minha vida


Deus é quem faz governar.


E quando alguém me pergunta

Como se faz pra nadar

Explico que eu não navego

QUEM ME NAVEGA É O MAR"

Festa <<< 2.8>>> Meu Niver!

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007

AINDA BRILHA

O Mito

Sequer conheço fulana,
Vejo fulana tão curto
Fulana jamais me vê,
Mas como amo fulana.

Amarei mesmo fulana?
Ou é ilusão de sexo?
Talvez a linha do busto,
Da perna, talvez o ombro.
Amo fulana tão forte,
Amo fulana tão dor,
Que todo me despedaço
E choro,menino, choro

Mas fulana vai se rindo...
Vejam fulana dançando
No esporte ela está sozinha
No bar, quão acompanhada.

E fulana diz mistérios,
Diz marxismo, rimmel, gás.
Fulana me bombardeia,
No entanto sequer me vê.

E sequer nos compreendemos,
É dama de alta fidúcia,
Tem latifúndios, iates,
Sustenta cinco mil pobres,

Menos eu...que de orgulhoso
Me basto pensando nela
Pensando com unha, plasma,
Fúria, gilete, desânimo.

Amor tão disparatado,
Desbaratado é que é...
Nunca a sentei no meu colo
Nem vi pela fechadura.

Mas sei quanto me custa
Manter esse gelo digno,
Essa indiferença gaia, e não gritar:vem, fulana!

Como deixar de invadir
Sua casa de mil fechos
E sua veste arrancando
Mostrá-la depois ao povo

Tal como deve ser:
Branca, intata, neutra, rara,
Feita de pedera translúcida,
De ausência e ruivos ornatos.

Mas como será fulana,
Digamos, no seu banheiro?
Só de pensar em seu corpo,
O meu se punge...pois sim.

Porque preciso do corpo
Para mendigar fulana,
Rogar-lhe que pise em mim,
Que me maltrate...assim não.

Mas fulana será gente?
Estará somente em ópera?
Será figura de livros?
Será bicho? saberei?

Não saberei? só pegando,
Pedindo: dona, desculpe,
O seu vestido, esconde algo?
Tem coxas reais? cintura?

Fulana às vêzes existe
Demais: até me apavora.
Vou sozinho pela rua,
Eis que fulana me roça.

Mas não quero nada disso.
Para que chatear fulana?
Pancada na sua nuca
Na minha que vai doer.

E daí não sou criança
Fulana estudo meu rosto
Coitado: de raça branca
Tadinho: tinha gravata

Já morto, me quererá?
Esconjuro, se é necrófila...
Fulana é vida, ama as flores,
As artérias e as debêntures.

Sei que jamais me perdoara
Matar-me para servi-la.
Fulana quer homens fortes
Couraçados, invasores.
Fulana é tão dinâmica
Tem um motor na barriga.
Suas unhas são elétricas,
Seus beijos refrigerados,

Desinfetados, gravados
Em máquina multilite.
Fulana, como é sadia!
Os enfermos somos nós.

Sou eu, o poeta precário
Que fêz de fulana um mito
Nutrindo-me de petrarca,
Ronsard, camões e capim;

Que a sei embebida em leite,
Carne, tomate, ginástica
E lhe colo metafísicas,
Enigmas, causas primeiras.

Mas, se tentasse construir
Outra fulana que não
Essa de burguês sorisso
E de tão burro esplendor?

Mudo-lhe o nome: recorto-lhe
Um traje de transparência;
Já perde a carência humana
E bato-a; de tirar sangue.

E lhe dou todas as faces
De meu sonho que especula;
E abolimos a cidade
Já sem peso e nitidez.

E vadeamos a ciência,
Mar de hipóteses.a lua
Fica sendo nosso esquema
De um território mais justo.

E colocamos os dados
De um mundo sem classe e imposto;
E nesse mundo instalamos
Os nossos irmãos vingados:

E nessa fase gloriosa,
De contradições extintas,
Eu e fulana, abrasados,
Queremos...que mais queremos?

E digo a fulana: amiga,
Afinal nos compreendemos.
Já não sofro, já não brilhas,
Mas somos a mesma coisa

( uma coisa tão diversa da que pensava que fossemos.)

Carlos Drummond de Andrade