quinta-feira, 18 de janeiro de 2007


No final das contas, não importava o que cada um fez de sua vida, concluí. Enquanto você pudesse ter noites como aquela, o fato de a pessoa não ter realizado praticamente coisa alguma – nada disso fazia a menos diferença. Era melhor ter quarenta anos do que vinte, época em que a pessoa está cheia de fogo, ambição e esperança. E melhor ainda do que ter trinta, quando aquelas esperanças que animaram você no passado se transformam numa fonte pungente de tormentos.

“Depois que você faz quarenta anos”, disse eu a Matt, “nada no mundo surpreende mais. Depois que você faz quarenta anos, entende que A VIDA É MESMO PARA SER DESPERDIÇADA

:: Texto retirado da Edição 2, Revista Piauí

Perto de fazer 28 anos (31/01), tenho um pouco dessa visão, dos 20, dos 30 e dos quarenta. Confuso? Bastante. Esse desperdício no texto aparenta um tanto melancólico ou pejorativo, mas para mim quer dizer DESPREOCUPAÇÃO. É muito bom realizar, objetivar, mas temos que ter o CUIDADO de não nos transformar numa pessoa jurídica 24hs por dia. Valorizar o ócio e saber a MEDIDA. Desperdiçar a vida, é sinônimo de viver, SOMAR. Estranho, não?
Seguir em frente a passos calmos e precisos, valorizar o amor, os pequenos gestos e coisas, sobretudo o seu contato com a cidade, com as pessoas, e com a natureza. Viver como uma célula perdida num organismo, que mesmo perdida o faz funcionar. Saber que em algum momento ajudou alguém e reduziu sua insignificância no mundo. Essa troca vale mais que qualquer moeda e justifica a passagem pela vida. "ESTOU" FELIZ E CANTO!

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