Um filme de Hector Babenco baseado no romance homônimo de Allan Pauls, presente na FLIP deste ano e premiado pelo Herralde espanhol. O Passado trata da separação, “uma história de pós-amor”. Um casal de aproximadamente 30 anos, Rimini (referência a cidade natal de Frederico Fellini) e Sofia, anunciam a separação depois de 12 anos juntos, desde a adolecência. Aparentemente a separação é de comum acordo e bem civilizada, mas Sofia não consegue suportar e aceitar o distanciamento. Não perde o papel na vida Rimini, que vive outras histórias com mais duas mulheres, enquanto ela vive esse “amor-zumbi” obcecada pelo que já passaram juntos e pela relação que ficou para trás... ronda a vida de Rimini e é sempre o pivô das separações. Ele não quer ou não consegue se separar dela e acaba concedendo essa presença. As mulheres do filme se mostram fortes e comandam a relação, mesmo após o término como no caso de Sofia que funda o Adèle H. (referência A História de Adèle H. do grande Truffaut), uma espécie de casa de apoio às mulheres que amam demais. Um filme em alguns momentos, perturbador, que acredita que somos constituídos pelo que passamos e por nossas relações e o PASSADO SEMPRE ESTÁ PRESENTE.
“Acredito que o amor verdadeiro é eterno. É como a união entre siameses. Mesmo que um cirurgião os separe, ou que um deles morra, no sobrevivente, a parte do corpo que o unia ao outro vai doer para sempre”.
Gael Garcia Bernal (Rimini), Moro Angheleri (Vera), Analia Couceiro (Sofia), Ana Celentano (Carmem) e Hector Babenco (diretor)
"Ninguém se separa. As pessoas se abandonam"
Ps.: Do outro lado... olha isso, FESTA DO DIVÓRCIO
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